"I come from a land down under Where beer does flow and men chunder Can't you hear, can't you hear the thunder You better run, you better take cover." MEN AT WORK
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Dia 6 - Hobart
Primeiro atraso no voo até a Tasmânia, o que encurtou ainda mais uma estadia já curta, primeiro dia de chuva, e eu preocupado com não deixar o iPad molhar. Apesar de lastimável em tantos sentidos, minhas revistas em quadrinho e filmes ele toca direitinho.
Hobart finalmente tem uma personalidade mais sua, aqui tenho mais a sensação de estar em um lugar que ainda não conheço. Não tem muita coisa pra fazer além dos museus de sempre e passeios caríssimos de barco pra ir lá na reserva florestal tal colocar o dedo dentro da boca de um diabo da Tasmânia, mas flanar pela cidade recompensa os olhos. Jantamos num restaurantezinho de comida vietnamita, com um ensopado de carneiro que reabilitou um pouco as comidas asiáticas esquisitas, depois de um medonho jantar num restaurante tailandês caríssimo na Eslovênia, que nos serviu um curry de frango com leite de coco, pedações enormes de quiabo, jiló, e sei lá, grama de jardim, cipó de Daime e pedaços de embarcação naufragada todos flutuando dentro daquela tigelinha. Já que não vou pagar nem fodendo 77 dólares pra ir lá mandar beijinho pro diabo da Tasmânia, publico aqui uma foto de segunda mão do bicho mesmo...
Dia 5 - Melbourne
Hoje foi o dia dos quases. Quase ir aos banhos públicos da cidade e ter a oportunidade de frequentar uma aula de aeróbica australiana, mas a preguiça, mesquinhez para pagar os 20 dólares e ter esquecido de trazer um calção na mala falaram mais alto. Quase ter visto a iluminação especial toda fodona de um edifício como parte do festival anual da cidade, mas, depois de 50 minutos esperando em vão no friozinho (yes, friozinho!!!), desistimos.
Mas museu teve bastante. Pressionado pela missão de blogueiro neófito que se propôs a registrar diariamente alguma coisa alegadamente interessante, eu ia fazer minha denúncia da Mona Lisa como apenas um retrato bobo de um rosto qualquer e afirmar que a verdadeira e criativa arte reside, às vezes, na contemporaneirade, mas seria forçado.
Então Steve Jobs veio ao meu resgate.
Uma elegia a Steve Jobs: Tchau, meu amigo, demorou ! Você está livre de ter que lidar com tecladinhos de iPad que registram tudo errado, conexões instáveis de wi-fi de iPad, sites que não abrem direito, câmera de iPad com uma resolução medonha. Steve Jobs é a prova viva de como o mal que uma pessoa pode fazer é capaz de sobreviver, e muito, à sua dissolução no nirvana cósmico. Que sua passagem pelos portões dourados do céu, ou algo assim, dependa de digitar uma frase curta inteira sem erros em menos de 24 tentativas.
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