sábado, 15 de outubro de 2011

Dia 16 - Queenstown




Todo mundo tem seu dia de Tom Hanks, o meu acaba de se iniciar, e não é devido à velocidade de minha perda de cabelo. Passamos por uma revista animal de nossas malas no aeroporto de Wellington, de onde sai logo mais pela manhã a conexão para Queenstown, porque resolvi ser honesto e declarar minhas ritalinas. Até minhas cuecas foram cheiradas (espero que com uma boa impressão) pela tia mal-encarada da alfândega, e, no final, para o que menos deram atenção de fato foi a bolsinha de remédios. Ou o pessoal aqui toma muita bola, do que duvido, ou não têm a menor idéia daquilo que estão controlando em termos de medicamentos. Até a pobre Akiko, que já me tolera há 15 dias nesta viagem, entrou na dança, e tudo o que carrega em sua bagagem são alguns galões de cremes para passar na bunda.
Descobrimos então que o aeroporto fecha durante a noite, a rigor deveríamos voltar só pela manhã, mas nos foi aberta uma exceção para permanecermos no saguão, num terminal enorme, absolutamente deserto, só para nós. Nem Viktor Navorski conseguiu tanto, no filme o aeroporto sempre estava cheio de gente ! Agora me deem licença, vou dar uma volta no MEU aeroporto.