quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dia 28 - posfácio



Pronto, é isso aí, acabou. A saída do Hotel é às 10:00, o voo sai às 16:00, então vai haver bastante tempo pra lembrar que ao menos a vida em São Paulo, com todo o calor, trânsito e os incontáveis e sucessivos segundos dedicados à tarefa de meramente existir em vão, ao menos embute o alívio de não ter que carregar uma mochila de uns 10 kg nas costas.
E, por falar em mochila, ela costumava ter 20. No final, o grande herói desta estória foi o iPad, em que pesem todas as dificuldades com o tecladinho virtual, o wi-fi meia-bomba e as escrotices do Steve Jobs para garantir a incompatibilidade dele com qualquer coisa que não seja Apple. Dentro desta caixinha de meio quilo couberam todos os filmes, livros, revistas em quadrinho, músicas, cursos, mapas e até um localizadorzinho tipo GPS que me foram tão úteis ao longo da viagem, e a mochila ficou tão mais leve... Menção honrosa também para minha fiel escudeira Akiko, que mais uma vez suportou 28 dias ininterruptos ao meu lado, praticamente sem reclamar. Tá bom, eu mesmo já carrego este fardo há 41 anos, mas não tenho escolha, e, ademais, quem disse que eu me suporto?
De volta à sentença de vida agora. Mas um dia o câncer chega.