"I come from a land down under Where beer does flow and men chunder Can't you hear, can't you hear the thunder You better run, you better take cover." MEN AT WORK
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Dia 19 - Christchurch
Observações pedestres que foram ficando pelo caminho, mas tão valendo, porque não sei se depois rola internet fácil ao chegar em Christchurch:
Usei a mesma calça por 14 dias, um novo recorde suíno em meu currículo. Ao fim deste pequeno experimento sanitário, a pobre peça de roupa estava mais dura e esticada do que determinadas porções de minha anatomia já foram um dia. A mente permanece comparavelmente suja.
67 quilos pesados por ocasião do bungy jump. Caceta, a sorte até que durou bastante. Daqui pra frente, é ladeira abaixo e pança acima...
Os dois últimos dias foram passados embaixo de chuva, o que não chegou a comprometer o bungy jump em si, mas comprometeu a beleza da experiência. No dia anterior, prejudicou mais o passeio a Milford Sound (qual a palavra em português para sound?), ainda assim belo, mas passado sob a clausura do interior do barquinho. Meio como estar numa das cenas lá pela vigésima-primeira hora do Senhor dos Anéis, mas com um dos snaguls soltando uma coriza interminável sobre nossas cabeças.
A cidade em geral, e o hotel, em particular, sofre de uma escrotíssima infestação de brasileiros, é pior do que estar na Disney. E o caipirão aqui se sentindo muito superior a eles, como se tivesse nascido na Suécia.
E meu inglês, que já foi tão apreciável um dia, vai desaparecendo, castigado por duas décadas em que tem sido usado para pouco mais do que pedir informações e comprar milk-shakes anualmente em minhas férias. Mas ainda assim sou um nojo, e desprezo a garotadinha do intercâmbio que lota meu elevador...
Agora, vamos pra Christchurch. Que os terremotos espantem a brasileirada, e a chuva.
No busão de Queenstown para Christchurch, uma volta ao mundo climática em 8 horas e 600 quilômetros. Desde pastos verdes e sequinhos, passando por vilarejos completamente imersos em neve (yes, babem de inveja, enquanto suam como porcos na véspera de ano novo aí em SP: neve!), até a indefectível chuva que voltou a nos atingir ao chegarmos à cidade. Mas a maior surpresa ainda nos aguardava: todo o centro da cidade, com o já não muito o que havia para ver e fazer por aqui, está semidestruído ou interditado, pra não haver cabeças em cima das quais cair quando acontecer o próximo tremor. Então o programa de hoje até o momento é televisão, pizza pronta de supermercado e umas flexões displicentes de braços, pra tentar fazer de conta que este mês de sedentarismo não está arruinando o último ano de marombagem insana para combater minhas banhas abdominais. Quem sabe esta noite tem tremorzinho, e dura mais do que os instantes do bungy jump.
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